Realizou-se no dia 15 de julho, na Universidade de Évora, o 2º workshop participativo para o Solo, focado na Região do Alentejo.
A sessão, moderada pela Professora Catedrática e Investigadora Teresa Pinto Correia, contou com a participação de cerca de 20 pessoas, entre as quais vários especialistas académicos e investigadores, como o Professor Mário de Carvalho, de quadros técnicos da Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo), além de representantes de associações de agricultores/produtores, empresários.
Os participantes deram o seu contributo para afinar a metodologia, definir termos de referência e consensualizar objetivos e metas para a sustentabilidade de diferentes tipos de solo em termos de uso e de composição.
Esta sessão decorreu no seguimento de um primeiro workshop realizado com especialistas a nível nacional e a intenção é que, futuramente, a metodologia implementada venha a ser replicada resto do país.
Estes workshops inserem-se no âmbito do projeto Solo e Água 2030, desenvolvido pelo Laboratório Associado CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade em parceria com o PLANAPP. Propõe-se identificar objetivos, metas e recomendações para a gestão sustentável dos recursos Solo e Água, respondendo à necessidade de definir linhas de mitigação e adaptação às alterações climáticas que informem as políticas públicas. No caso do solo, pretende-se ainda que os resultados do projeto apoiem a transposição da Lei Europeia de Monitorização dos Solos, presentemente em análise.
O projeto aplica uma metodologia de co-construção de conhecimento, de modo a garantir, por um lado, a integração de perspetivas múltiplas nas soluções a propor e, por outro, o engajamento e comprometimento dos atores envolvidos – da ciência, da administração pública, do setor privado e da sociedade civil. Estes momentos de trabalho conjunto são implementados através de workshops com guiões de trabalho estruturados. Nestas sessões consensualizam-se os critérios para a definição de patamares de “estado de saúde” do solo e a metodologia de definição de “soil districts”, as unidades ao nível das quais os critérios devem ser aplicados.
Iniciado em outubro de 2023, o projeto deverá estar concluído no final deste ano. Os resultados e propostas para o recurso solo deverão ser apresentados em setembro de 2024.
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